"É evidente que a perda repentina dos direitos abismais que alguns pensam ser um direito divino inquestionável, tinha de criar resistência organizada na tentativa de fazer refrear o ímpeto das medidas em curso", declarou.

Segundo o presidente do MPLA, o combate à corrupção e ao nepotismo não é apenas do MPLA e da oposição, mas de toda a sociedade angolana.

"O Estado foi benevolente e magnânimo ao dar um período de graça de seis meses para quem quisesse repatriar voluntariamente os capitais no exterior ou os bens ilicitamente adquiridos no País", recordou.

Para João Lourenço, o povo foi principal vítima da corrupção e "a actual governação foi obrigada a travar a festa".

"A anterior situação beneficiou muita gente de dentro e de fora que obviamente não está satisfeita com o actual quadro e, por isso, luta com todas as forças para ver se ainda é possível voltar a reinar no paraíso e usam todos os meios para descredibilizar o processo em curso", afirmou, garantindo ainda que vai manter a postura e coragem política face ao fenómeno da corrupção, pois assim "o partido sairá mais forte" e em melhores condições de enfrentar os desafios que tem pela frente.

As últimas palavras do discurso de João Lourenço foram para saudar a mudança de lideranças em alguns partidos com assento parlamentar, afirmando a vontade de manter um diálogo construtivo e relações salutares de amizade e de trabalho com os novos líderes.