Segundo apurou o NJOnline, na corrida à presidência da UNITA estão ainda perfilados Lukamba Paulo "Gato", Kamalata Numa, Rafael Massanga Savimbi e Liberty Chiaka.

"Há políticos como Demóstenes Chilingutila, Eugénio Manuvakola, Chipindo Bonga, Ernesto Mulato, Raúl Danda, (apoiantes de Adalberto), que se Samakuva se recandidatar vão aconselhar o actual líder da bancada a desistir", disse ao NJOnline uma fonte da direcção política da UNITA.

Segundo a mesma fonte, o actual presidente do partido ainda não decidiu se vai ou não candidatar-se a um quarto mandato.

"No caso de não se recandidatar, certamente indicará o seu candidato. Fala-se por exemplo de Alcides Sakala e de Liberty Chiyaka. Só que Sakala reiteradas vezes mostrou-se indisponível por razões de saúde", acrescentou.

De acordo com a mesma fonte, Kamalata Numa poderá eventualmente aparecer nesta corrida, embora reconheça que o seu nome está bastante desgastado.

De acordo com a mesma fonte, Rafael Massanga, secretário-geral adjunto da UNITA, é também um forte candidato, não tanto pela posição que ocupa, mas sobretudo por ter carisma e ser filho do ex-líder da UNITA, Jonas Savimbi, mas muitos questionam a sua maturidade.

"Ele nunca participou num curso de formação política, e também o facto de ser filho de Savimbi, retiram alguma unanimidade à sua volta", acrescentou.

O secretário para os Assuntos Eleitorais da UNITA, Victorino Nhany, disse ao NJOline que os estatutos do seu partido não limitam os mandatos dos presidentes, mas cabe ao próprio líder decidir se vai ou não continuar.

"Estatutariamente o presidente Samakuva pode concorrer ao quarto mandato, mas cabe a ele próprio decidir se vai continuar ou não", referiu Victorino Nhany quando interrogado se o actual líder vai concorrer à presidência do partido no XIII Congresso Ordinário do partido que terá lugar nos dias 13, 14 e 15 de Novembro de 2019 em Luanda.

Nhany adiantou que a UNITA vai aprovar, no dia 18 deste mês, o cronograma de trabalho tendo em vista a realização do XIII Congresso Ordinário do partido.

"Depois deste passo teremos em todo o País a realização das conferências municipais e provinciais que vão eleger os delegados ao XIII Congresso Ordinário", acrescentou.

Para Nhany "no cronograma constam a criação de comissões de trabalho e nomeação dos seus coordenadores, estão previstos actos que incluem a apresentação dos regulamentos internos das comissões de estudos das teses ao Congresso, a apresentação das candidaturas decorre no período de 16 a 30 de Setembro".
O congresso reúne ordinariamente de quatro em quatro anos por convocação do presidente do partido, ouvida a comissão política".
O congresso é o órgão supremo ao qual compete estabelecer a linha político-ideológica do partido, aprovar e adoptar a estratégia do programa do Partido e seus objectivos, rever os estatutos (...) e eleger o presidente do partido.