Enquanto Alcides Sakala escolheu o Hotel Diamante, em Luanda, para, na quinta-feira, 17, apresentar as suas propostas e ideias aos militantes, José Pedro Kachiungo vai, no Sábado, 19, em Viana, nas instalações do partido, dizer o que pretende fazer em caso de vitória nesta corrida, enquanto Abílio Kamalata Num, escolheu o mesmo dia, mas noutra geografia, Lopitanga, no Bié, onde está sepultado Jonas Savimbi, para dizer aos militantes o que tem para os convencer de que é o melhor candidato para substituir Isaías Samakuva à frente do partido do "Galo Negro".

Recorde-se que as candidaturas de Adalberto da Costa Júnior e de Raul Danda estão dependentes da apreciação de recursos da comissão de mandatos da UNITA, embora a do primeiro esteja apenas dependente do cumprimento de uma formalidade - a apresentação de documento a provar a sua renúncia à nacionalidade portuguesa que já disse ter na sua posse.

Raul Danda poderá ter a vida mais dificultada, visto que não cumpre o requisito de ter 15 anos de militância consecutiva no partido, como exigem os estatutos do "Galo Negro".

Já hoje, o candidato à presidência da UNITA, José Pedro Kachiungo, disse, em conferência de imprensa, hoje, que a sua candidatura não é para derrotar os outros concorrentes, mas para convencer os delegados ao XIII Congresso Ordinário de que tem as melhores ideias e as melhores propostas.

"Vou ser presidente da UNITA para reforçar a cidadania. A minha candidatura não é para derrotar os outros concorrentes, mas é para convencer os delegados de que as minhas propostas são as melhores", disse aos jornalistas o deputado e candidato à liderança do maior partido da oposição na conferência de imprensa agendada apenas para informar a data da apresentação da sua candidatura.

O candidato comprometeu-se a aplicar os estatutos da UNITA caso vença e disse que não vai olhar apenas para os militantes da UNITA mas sim para todos angolanos.

Recorda-se que Isaías samakuva foi eleito presidente do partido em 2003, na sequência da morte em combate, no ano anterior, do líder fundador do partido, Jonas Savimbi, o que levou ao fim da guerra civil de quase 30 anos em Angola.