De acordo com o Ministério Público português, Mirco Martins e Zandre Finda são suspeitos de crimes económico-financeiros, pelo seu alegado envolvimento num processo de branqueamento de capitais envolvendo a TAP e a Sonair.

Como o Novo Jornal Online escreveu a 5 de Agosto, no texto de acusação é descrito como a Sonair, do grupo Sonangol, pagou milhares de euros à TAP durante cerca de quatro anos, até 2013, para manutenção dos seus aviões mas, como admite o Ministério Pública português, sem que qualquer serviço de manutenção dos aparelhos tivesse efectivamente sido prestado.

"A Sonair nunca exigiu a prática de qualquer trabalho de manutenção dos motores das aeronaves, pois, na realidade, não se pretendia a realização dessa prestação contratual", avança a acusação.

Parte das comissões terá sido encaminhada para uma empresa fictícia, a Worldair, com sede no Reino Unido, tendo como beneficiários finais desses alegados pagamentos a Halifax Global Corporation e a Kennex Global, sediadas em paraísos fiscais e citadas nos "Panamá Papers, empresas alegadamente relacionadas com Mirco Martins e Zandre Finda.