O governante assegurou que o Executivo está comprometido em "garantir que o analfabetismo não constitui factor de exclusão" para a população, estimando em 24,7% a percentagem de angolanos que não sabem ler nem escrever.

Citado pela agência Lusa, Mpinda Simão reconheceu que a crise impôs constrangimentos nesta área, traduzidos na falta de pagamento de subsídios a alfabetizadores e facilitadores, bem como na carência de materiais didáticos.

Reiterando que Angola está "comprometida com uma agenda de educação única e renovada, ousada e ambiciosa", o responsável adianta que, "apesar das inúmeras dificuldades resultantes da crise económica", 500.000 pessoas estão a ser alfabetizadas em todo o país.

"Há uma demonstração clara do espírito de sacrifício, que caracteriza os alfabetizadores, facilitadores, formadores e todos os agentes envolvidos no processo", destacou.

O Dia Mundial da Alfabetização, que hoje se assinala, decorre sob o lema "Analfabetismo num Mundo Digital", que Mpinda Simão lê como um convite reflexão sobre o tipo e níveis de alfabetização necessários, num mundo cada vez mais digital.

Por outro lado, o ministro nota que o desafio digital obriga a uma adaptação dos programas, em termos de metodologias de ensino e aprendizagem.

Neste sentido, nota o governante, o Executivo está a dar passos para acelerar o desenvolvimento a partir do uso de novas tecnologias.

"A governação electrónica, a expansão da rede digital no país e o aumento das condições para um maior acesso à internet são já uma realidade em pelo menos todas as sedes municipais do país. O projecto de construção de 25 mediatecas enquadra-se nos esforços para conferir mais cidadania e mais inclusão", exemplificou.