Segundo a chefe de secção da maternidade provincial da Lunda Sul, Maria do Céu, nos primeiros três meses do ano esta unidade de saúde tratou 145 casos de aborto, quando em igual período de 2016 esse número tinha sido de 100.

Na origem deste aumento encontram-se situações de jovens que têm dado entrada na unidade de saúde após a toma de comprimidos cytotec, conhecidos pelo efeito abortivo.

"Depois [de tomarem o medicamento] acorrem à maternidade dizendo que estão com sangramento, o que não tem sido verdade", revelou a responsável à Angop, preocupada com o crescente recurso a esta prática.

Apesar de referir que alguns dos casos de aborto tratados na unidade hospitalar são espontâneos, Maria do Céu alerta para a ocorrência de situações de interrupção voluntária da gravidez, que seriam evitáveis com recurso a planeamento familiar.