De acordo com o chefe do departamento de condutores da Direcção Provincial de Viação e Trânsito, inspector-chefe Domingos Joaquim Panzo, o motorista da viatura, Paulo José Pascoal, de 32 anos, saiu ileso e já está a contas com a justiça, pois a viatura, que fazia serviço de táxi, despistou-se e capotou por excesso de velocidade.

Em menos de três dias este é o segundo acidente de viação no mesmo local, sendo que o primeiro, registado na tarde desta segunda-feira, resultou na morte de duas pessoas e no ferimento de outras duas.

Sete pessoas morrem diariamente nas estradas do país

Segundo Angelino Sarrote, chefe de Departamento de Comunicação e Imagem da Direcção Nacional de Viação e Trânsito, todos os dias morrem, em média, sete pessoas morrem nas estradas do país.

As avenidas Fidel Castro (via expresso), Deolinda Rodrigues (estrada de Catete), Pedro de Castro Van-Dúnem (Loy), a estrada número 100 (Lobito/Benguela) e o troço Caxito/Açucareira (Bengo) são as consideradas mais perigosas.

O número de mortes está relacionado com o elevado número de acidentes nas estradas nacionais, que ronda os 29.

Angelino Sarrote, que prestou estas declarações durante uma entrevista à Angop, esclareceu que estas estatísticas resultam de uma investigação permanente sobre a sinistralidade rodoviária em Angola.

O responsável apontou o excesso de velocidade, o consumo de bebidas alcoólicas durante a condução, as ultrapassagens irregulares e a má travessia de peões como os factores que mais contribuem para o elevado índice de acidentes, tal como os atropelamentos, devido à resistência de muitos peões em utilizarem pontes aéreas (pedonais) e as passadeiras.

A falta de iluminação nas estradas, o mau estado técnico dos veículos automóveis e das vias de comunicação são outras causas da sinistralidade rodoviária.

Questionado sobre os veículos em mau estado técnico que continuam a circular nas estradas nacionais e no perímetro urbano "sob o olhar silencioso dos agentes da autoridade", Angelino Sarrote admitiu haver alguma condescendência por parte de alguns reguladores.

Porém, afirmou que esta situação poderá ser invertida com a regulamentação da legislação que tem a ver com a obrigatoriedade da inspecção periódica dos veículos e não somente restringir-se à passagem de multas.