Problemas de saúde do juiz responsável pela condução do julgamento foi a justificação dada pelo Tribunal para o adiamento da leitura da sentença do julgamento onde são réus os militares das Forças Armadas Angolanas (FAA) José Alves Tadi (1º Sargento e acusado de ser o autor do disparo fatal), Gabriel Domingos e José Pequenino e Lucas Tulikundene, estando os dois primeiros detidos preventivamente.

Os três elementos das FAA estão acusados pelo Ministério Público da morte do jovem Rufino António quando este protestava contra a demolição da sua casa englobada no conjunto de habitações que estavam, no dia 06 de Agosto, a ser demolidas com o apoio de força militar armada.

Os três militares foram acusados pela autoria da morte porque foram autores de disparos das suas armas.

O advogado da família, Luís Nascimento, em declarações ao NJOnline, disse que foi feito um pedido de indemnização civel de 20 milhões de kwanzas, que devem ser pagos pelo Estado à família do menor.

O causídico justificou este pedido com o facto de os militares estarem ao serviço do Estado e apenas a cumprir ordens susperiores.

Luís Nascimento lamentou ainda que o oficial susperior que chefiava a Região Militar que ordenou a operação, tenente-general Simão Carlitos "Wala", não tenha sido ouvido em tribunal.