O adiamento deveu-se ao facto de os advogados de defesa de Sónia Carla de Oliveira Neves que é acusada de ser a principal mandatária do esquema do desvio de quase quatro milhões de dólares norte-americanos, denunciado em Dezembro do ano passado pelo Gabinete do Inspector Geral do Fundo Global, terem desistido do processo, alegando que a arguida não está a cumprir com o acordado.

Segundo uma declaração apresentada ao tribunal pela arguida, os novos advogados constituídos precisam de tempo para dominarem o processo, facto concordado pelos Juiz José Serqueira Lopes, que informou que a próxima sessão acontecerá com ou sem a presença dos seus advogados.

Sónia Carla de Oliveira Neves exercia a função de Directora Administrativa e Financeira da Unidade Técnica de Gestão do Fundo Global, contratada pelo Ministério da Saúde e Nilton Saraiva, que exercia as funções de Coordenador Adjunto do Programa Nacional de Controlo da Malária e Mauro Filipe Gonçalves são os arguidos neste processo.

A lista de testemunhas contém 21 nomes.

Em data não determinada nos autos, sabe-se apenas que no mês de Março de 2014, na referida Unidade Técnica, foram constatadas operações financeiras injustificadas, irregulares e fraudulentas, praticadas pela arguida Sónia Neves enquanto directora financeira da Unidade, que no entanto organizava processos de pagamentos não autorizados e transferia valores monetários para as Empresas EM-Gestinfortc, LDA, e Soccopress, LDA, sem que tivessem prestado serviço à Unidade Técnica ou ao Programa de Combate a Malária.

Consta que estas duas empresas pertencem à arguida Sónia Neves.

O Juiz José Serqueira Lopes informou que " todas as sessões do julgamento deste caso serão este mês" de Novembro.

Nota de redacção: Aquando da redacção desta notícia, o Novo Jornal Online, erradamente, incluiu no rol de arguidos Manuel da Silva Caetano, quando, de facto, apenas surge no âmbito deste processo na condição de declarante. Ao visado, apresentamos as nossas desculpas.