Segundo a administradora em exercício, Alzira da Conceição, enquanto persistir a situação de epidemia de cólera na cidade do Uíge, as pessoas estão proibidas de vender água nas comunidades.

"Nos bairros onde não há água canalizada, a administração municipal criou condições para abastecer os bairros. Os que vendem água estão proibidos de o fazer", acrescentou Alzira da Conceição.

Segundo esta responsável, para combater a cólera, 48 líderes religiosos e activistas de diversas organizações da sociedade civil foram capacitados sobre as causas e medidas de prevenção a tomar para o combate do surto da cólera e da malária que afectam a população na província.

A supervisora provincial da promoção da Saúde, Maria da Conceição, que orientou a acção formativa, esclareceu que o aumento dos casos de cólera (290), com nove óbitos, requer o envolvimento de todos no combate à doença.

Pediu, na ocasião, aos participantes, para transmitirem com rigor e responsabilidade os conhecimentos adquiridos, para que se combata, com brevidade, os casos que surgem dia-após-dia.

"Os números anunciados dão-nos a entender que a população está a colaborar muito pouco com as medidas de prevenção, pelo que pedimos aos líderes de diversas organizações da sociedade civil aqui presentes, para se envolverem nesta batalha, tendo em conta a experiência que acumularam no combate ao Marburg, em 2005", sublinhou na altura.