Se em Março de 2017 Victor Nataniel Narciso, "Tany" Narciso, descartava a ideia de que a Escola Angola-Cuba estava "condenada" - chegando mesmo a atribuir a "alguns alunos" boatos de que o edifício tremia -, agora vem dizer que, afinal, o espaço não reúne condições para ser reabilitado.

Segundo o administrador municipal do Cazenga, que se baseia nas conclusões de um estudo efectuado no exterior do país, o único destino possível para a escola é a demolição, tendo em conta que as estruturas correm o risco de desabar.

"Tany" Narciso não explicou, porém, como é que no ano passado apresentou outros estudos que sustentavam o oposto, indicando que o edifício não deveria ser demolido, porque as suas fundações estavam perfeitas.

O administrador, citado pela Angop, também não avançou quanto dinheiro já se gastou com a reabilitação da escola, cujos trabalhos de reparação foram entretanto interrompidos.

"A escola Angola e Cuba só foi contemplada no orçamento de 2017 e para 2018 está projectada a construção, fiscalização e ainda apetrechamento do local", limitou-se a dizer o administrador, em declarações à agência noticiosa angolana.

Encerrado há sete anos, o estabelecimento de ensino, que nasceu da cooperação entre Angola e Cuba, deveria ser recuperado até 2019, com um orçamento de 142 milhões de kwanzas.