Numa nota divulgada no seu site, o UNOCHA, que cita o director do Instituto Nacional de Desminagem (INAD), general Severino Sapalo, sublinha que o problema das minas terrestres e outros engenhos explosivos "semeados" pelas quase cinco décadas de guerra em Angoa, contado com a guerra pela independência, entre 1961 e 1974, é criar um mapa real da distribuição de áreas afectadas.

Severino Sapalo, que divulgou estas informações durante uma operação de destruição de engenhos explosivos no Cuito Cuanavale, na província do Kuando Kubango, garantiu que as áreas identificadas nas 18 províncias do país como contendo minas ou outros engenhos, foram devidamente controladas.

O desafio actual é aplicação das tecnologias adequadas para pesquisa e mapeamento das áreas suspeitas de conterem engenhos explosivos.

Recorde-se que Angola regista anualmente uma média anual próxima dos 20 acidentes com este tipo de explosivos militares "semeados" durante a guerra, dos quais resultam várias mortes ou amputações de membros, nomeadamente em crianças que encontram estes engenhos e com eles brincam sem saber do que se trata.

A desminagem é um dos passos essenciais para o desenvolvimento da agricultura familiar no país, aquela que garante a subsistência à maioria da população nas zonas rurais, sendo ainda um entrave ao alargamento das grandes fazendas e projectos agro-pecuários.