A aposta no ensino do inglês e na instrução primária, bem como o investimento no Ensino Superior foram duas das metas traçadas pelo Chefe do Estado para o país no discurso sobre o Estado da Nação.

"Só com educação de qualidade poderemos vir a atingir os patamares projectados. Esta exige rigor e acrescidas responsabilidades por parte de todos os operadores do sistema de educação, da base ao topo", sublinhou João Lourenço, apontando o caminho para a distinção.

"Temos de apostar na avaliação, no controlo das tarefas repartidas e na promoção do mérito como único caminho para ascender na carreira profissional, se pretendemos ter um sistema educativo que seja de referência indiscutível".

Neste sentido, o Presidente da República anunciou a implementação do Programa Nacional de Formação de Professores para os subsistemas de ensino anteriores ao Ensino Superior e a criação de incentivos remuneratórios para atrair para o corpo docente nacional as pessoas com o perfil científico, técnico e pedagógico mais adequados.

A pensar na competitividade do ensino nacional, João Lourenço prometeu "apostar desde já num programa de difusão da língua inglesa nas escolas do país", permitindo que "as crianças que atinjam o ensino secundário possuam conhecimentos que lhes permitam ombrear com os seus pares de outros países".

Para além das bases, o Chefe de Estado e do Executivo lembra que "não podemos descurar o subsistema do Ensino Superior, pois pretendemos adquirir performances que nos permitem passar a ter universidades angolanas bem classificadas nos "rankings" internacionais".

Duas universidades angolanas entre as 100 melhores de África

A meta, apontou o também vice-presidente do MPLA, é, nos próximos anos, "ter pelo menos duas universidades entre as cem melhores do nosso continente".

O objectivo "vai obrigar a que a educação, o ensino, a ciência e a inovação ocupem o lugar primordial que lhes está reservado", salientou João Lourenço, acrescentando que é preciso "garantir a igualdade de oportunidades baseada no mérito, para acesso ao Ensino Superior".

Ao mesmo tempo, indicou o Presidente da República, "será preciso assegurar os mesmos critérios de igualdade, isenção e transparência na admissão de professores e de investigadores e no financiamento de projectos e programas de natureza científica ou tecnológica".

As prioridades do novo Governo para as pastas da Educação e Ensino Superior incluem também a reformulação das regiões académicas, "adaptando-as mais aos aspectos demográficos e culturais".

Por outro lado, "os investigadores e docentes devem ser convenientemente remunerados e motivados, de modo a recrutarmos e retermos os melhores profissionais", frisou o Chefe de Estado.