Em declarações à agência Lusa, Luís Fernando explicou que o livro "é uma espécie de reportagem", que aborda a dimensão pública da vida na Cidade Alta.

"Obviamente que não são questões que revelam segredos de Estado. São os acontecimentos públicos, que eu apenas trato, dando-lhe uma capa romanceada, se quiser, e é isto que eu conto. Conto as viagens, como se prepararam, quais as peripécias, etc. Não é um livro extraordinário, é um livro normalíssimo", resume o autor.

Segundo Luís Fernando, que apresentou "Notícias do Palácio - O Primeiro Ano de Mandato do Presidente João Lourenço" no Memorial Dr. Agostinho Neto, a ideia do livro é "abrir, em primeiro lugar, o Palácio às pessoas, aos angolanos".

O secretário para os Assuntos de Comunicação Institucional e de Imprensa do Presidente da República nota que apesar de o Palácio representar o centro político do poder em Angola, "desde que o país se tornou independente [em 1975], ninguém sabe o que é", quais "as suas vertentes mais gerais, quem lá trabalha, o que se faz, como é o dia-a-dia".

Com as "Notícias do Palácio", Luís Fernando propõe-se desfazer esse "mistério".

Nascido no Uíge há 57 anos, o autor, que foi jornalista durante mais de metade da vida, venceu o Prémio Maboque de Jornalismo em 2011.

Desde 2009 membro da União dos Escritores Angolanos (UEA), estreou-se nas lides literárias, em 1999, com "Noventa Palavras".