A advogada Mónica Domingos foi detida e julgada sumariamente quando tentava assistir um cliente que estava detido sob acusação de violência doméstica na noite do passado dia 1 deste mês.

Ela foi detida por agentes do Serviço de Investigação Criminal e levada para a 5º esquadra, onde, segundo a Mãos Livres, sofreu maus-tratos.

Depois de cinco dias de um julgamento sumário no Tribunal da Ingombota, vulgo Tribunal de Polícia, Mónica Domingos foi condenada à pena única de dois meses de prisão maior e a uma multa de indemnização de 100 mil Kwanzas aos agentes SIC.

A Associação Mãos Livres diz que tanto a prisão como o julgamento da sua advogada foram ilegais e por isso, garante o advogado David Mendes, "vão processar a juíza da causa e os agentes do SIC que prenderam a advogada".

Por outro lado, Salvador Freire, também da associação, afirmou que a perseguição que de eram vítimas os seus membros na era José de Eduardo dos Santos continuam durante o consulado de João Lourenço.

"A perseguição contra a nossa associação ainda continua. Mas mesmo assim, não vamos cruzar os braços com essas ameaças que já vem desde a administração do ex-presidente José Eduardo dos Santos", disse o presidente da Associação, Salvador Freire dos Santos.

Segundo Salvador Freire dos Santos, a Associação já recorreu ao Tribunal Supremo e caso não haja solução, o assunto poderá atingir as instâncias máximas judiciais africanas.