Os cerca de sete mil moradores dizem-se discriminados pelas autoridades administrativas de Luanda. No bairro, os problemas vão desde a falta de escolas e hospitais à inexistente distribuição de energia eléctrica e água potável. Na procura de explicação para o crítico quadro, há quem encontre no apelido do bairro a razão para o "azar": Baixa de Cassanje, nome pelo qual é conhecida uma zona histórica de Malanje, onde, a 4 de Janeiro de 1961, milhares de camponeses foram assassinados pelo regime colonial português.

"Acho que o nosso azar é terem apelidado este bairro de Baixa de Cassanje. Aqui vivemos como se fosse um massacre. O governo massacra-nos todos os dias com a falta de quase tudo. Não temos nada que seja público, senão aqueles dois polícias que ocupam a esquadra policial, que até é móvel", lamenta, visivelmente agastado, o jovem morador Cláudio Quitúbia.

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