David Malpass falava nas reuniões de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI), onde avisou também que o crescimento económico previsto no continente africano é de menos de um por cento até 2021.

O presidente do Banco Mundial, que tomou posse a 9 de Abril, referiu que apesar de o número de pessoas a viver em condições de pobreza extrema ter descido desde a década de 1990, o facto de a maioria dos actuais sete milhões de pobres estarem principalmente concentrados no continente africano é "muito preocupante".

O presidente do BM lembrou que a acumulação de dívida nos países menos desenvolvidos é uma forma de estes países crescerem economicamente, desde que o processo seja feito de forma transparente.

Na região do continente africano, o crescimento previsto é de menos de um por cento até 2021, o que amplifica o risco de concentração de pobreza extrema.

Em Março, o Banco Mundial anunciou, pela voz do seu vice-presidente para África, Gafez Ghanem, que a instituição vai disponibilizar este ano quase mil milhões de dólares a Angola.

O dinheiro disponibilizado servirá para patrocinar "três áreas fundamentais", como apoio directo ao Orçamento Geral do Estado (OGE), protecção Social e sector das águas.

Ghanem, que falava aos jornalistas depois de ter sido recebido pelo Presidente da República, João Lourenço, adiantou que o Banco Mundial estava empenhado no apoio a Angola.

"O BM é uma instituição cujo objectivo é combater a pobreza. À medida que discutimos a situação com o Presidente sobre o que podemos fazer para ajudar o desenvolvimento de Angola e reduzir a pobreza, analisamos os sectores sociais e os investimentos em que o Presidente está focado, como educação, saúde, protecção social, criação de emprego e tb como criar mais oportunidades para os jovens", referiu.