Este projecto habitacional, semelhante às dezenas de centralidades construídas no país nos últimos anos, segundo o Jornal de Angola, vai contar, depois de concluído na íntegra, com cerca de mil habitações distribuídas por apartamentos, moradias térreas e residências de dois pisos.

Mas, para já, destas 172 prontas a habitar e colocadas à venda esta semana, depois da inauguração do projecto, no passado dia 8, pela ministra do Ordenamento do território, Urbanismo e Habitação, Ana Paula de Carvalho, apenas 30 foram alvo de interesse, sendo que as casas vão ser disponibilizadas através do formato de renda resolúvel, ou seja, o residente está adquirir a habitação durante um determinado período de tempo findo o qual passa a legítimo proprietário.

Este cenário de escassa procura por estas habitações apanhou de surpresa o responsável da Kora Angola pela coordenação comercial do projecto, Crispim Costa, que, citado ainda pelo JA, admitiu que a experiência de projectos habitacionais semelhantes noutros pontos do país, dando Luanda como exemplo, fazia pressupor que também ali a procura seria intensa e as vendas seriam rápidas.

Isto acontece apesar de a Centralidade do Andulo, a cerca de 120 quilómetros da capital provincial, Kuito, estar equipada com abastecimento de energia seguro, abastecimento de água e sistema de tratamento de resíduos, de o Governo do Bié ter atribuído quotas às instituições públicas, para além dos requisitos normais para aceder à habitação.

Todas as habitações disponíveis são de tipologia T3 e com cerca de 100 metros quadrados.

Como estímulo suplementar à aquisição, os responsáveis recordam que a segunda fase do projecto contempla, para além dos edifícios habitacionais que vão totalizar as tais mil habitações, um hospital, centros infantis, escola primária e secundária, espaços desportivos e uma eficaz malha viária.