Neste momento, segundo Guilherme Silva, presidente do SINPROF, a organização tem em preparação as assembleias municipais e distritais que antecedem as assembleias provinciais, "no sentido de informar os professores da falta de vontade por parte do Executivo para resolver os pendentes do sector, em especial a aprovação do estatuto da carreira docente e sua consequente implementação".

"O projecto ainda nem sequer foi remetido à Assembleia Nacional" adiantou o sindicalista ao Novo Jornal Online, referindo ainda que "a intenção do Governo é a de apenas promover os professores mediante as vagas existentes no Sistema Educativo".

Guilherme Silva, que confessa que este "é o primeiro motivo de discórdia com o Executivo", lembra que o sindicato defende a actualização das carreiras.

"Não havendo essa disponibilidade por parte do Governo, os professores estão a ser preparados para que, na primeira semana de Abril, se retome a greve nacional que tem estado suspensa desde o ano passado.

"Estamos a ser empurrados para a greve, referiu também Guilherme Silva, secretário-geral do SINPROF, que disse ainda que "a paciência dos professores está a atingir o limite e, antes da admissão dos novos professores, tem de haver actualização de categorias".

"Somos a favor da contratação de professores mas deve ser priorizada a actualização das categorias daqueles que já exercem a profissão há anos e nunca tiveram a sua situação revista. Há professores a receber 49 mil kwanzas", afirma Guilherme Silva, que apelou aos professores para que sejam "mais uma vez corajosos" e se unam por "condições dignas de trabalho".

"De promessas estamos fartos, agora só as acções nos convencem", conclui o presidente do SINPROF.

De lembrar que o ano lectivo de 2017 foi marcado por dois períodos de greve, de vários dias, com forte adesão dos professores. Em causa estavam o pagamento de subsídios e actualizações salariais.