Esta comissão, anunciada numa nota de imprensa emitida pela Presidência da República será coordenada pela ministra da Cultura e contará com os contributos dos ministros da Construção e Obras Públicas, das Finanças, do Ordenamento do Território e Habitação, o governador da província de Luanda, o secretário para os Assuntos Sociais do Presidente da República e o director geral do Gabinete de Obras Especiais.

O objectivo desta iniciativa é elaborar estudos técnicos e financeiros que permitam reabilitar estes três edifícios que fazem parte da história da capital angolana, elaborando as tramitações do concurso público e, posteriormente, garantir a sua sustentabilidade enquanto estruturas ao serviço da cultura.

A recuperação destes edifícios pode demonstrar, segundo uma fonte ligada à cultura angolana, um novo olhar sobre a importância de preservar a história do país, em contraste com aquilo que foi feito ao longo dos últimos anos, onde a prioridade foi demolir edifícios históricos para "encher a cidade de espelhos gigantes e de mau gosto" que denotam apenas uma "falsa modernidade".

Exemplos disso mesmo, foram, adiantou a mesma fonte, o Mercado do Kinaxixi, cuja importância arquitectónica era evidente, ou os cinemas São Paulo, Ngola ou Miramar, entre outros exemplos de destruição de património irrecuperável espalhados pela cidade de Luanda.

A antiga Assembleia Nacional, na AV. 1º Congresso do MPLA, a Tourada, na Calemba, uma praça de touradas cuja construção foi interrompida pela independência nacional e, entretanto, ocupada por dezenas de famílias, do Teatro Avenida, na Rua Rainha Jinga, e o do Cine-teatro Nacional, na Mutamba, são, nota esta mesma fonte, uma, mesmo que importante, pequena parte do muito que há para fazer nesta área.