A decisão foi anunciada no final de uma assembleia de profissionais de enfermagem pelo secretário-geral adjunto do Sindicato dos Enfermeiros de Luanda, que esclareceu que esta moratória é "para permitir" ao governo da província, empossado a 30 de Setembro, "estar a par do processo reivindicativo", que já soma cinco anos.

"A classe que representamos deseja que de facto a situação seja resolvida neste período de moratória (...) até à próxima sexta-feira, o governo terá de responder positiva ou negativamente ao documento que será entregue", anunciou hoje António Kileba, acrescentando que se não houver resposta estes profissionais avançam com uma paralisação.

O pagamento de retroactivos, de subsídios de consulta e a promoção do pessoal constam das reivindicações dos enfermeiros da capital e, segundo o sindicalista, "a bola agora está no lado do Governo".

"Está dependente da boa vontade do governo, em querer resolver os problemas da classe. Porque quem permite que haja greve no sector da saúde é o Governo, ao não atender de forma célere as preocupações dos profissionais", observou.

De acordo com António Kileba, cerca de 400 profissionais de enfermagem a nível de Luanda participaram desta assembleia, que teve lugar na sede da União Nacional dos Trabalhadores Angolanos (UNTA).

"Deu para perceber a predisposição para greve desses profissionais caso o Governo não responda atempadamente às nossas reivindicações", adiantou.