Os denominados "Exercícios Felino 2018-2019" vão realizar-se sob a referência de "Operações de Apoio à Paz e de Ajuda Humanitária" e vão ter como território de evolução a área da Catumbela, no Lobito, província de Benguela, revelou o chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas (FAA), general Egídio Santos, durante a conferência onde as chefias militares dos países-membros se debruçaram sobre o planeamento destas movimentações militares.

Co-organizados por Angola e São Tomé, os "Felino 2018-2019" vão ser repartidos em duas fases, sendo que a primeira compreende o que deveria ter acontecido o ano passado no arquipélago e não sucedeu devido à tensa situação política então vigente.

Desta feita, a escolha da área da Catumbela, surge adequada porque foi uma das localidades da província de Benguela mais afectada este ano pelas intensas chuvas que, para além da devastação material, deixou um rasto de mortos e feridos significativo, conferindo um conteúdo de realidade que as chefias militares dos países organizadores consideraram importante.

Compõem este exercício as Forças Armadas de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

Recorde-se que Angola, por exemplo, com a sua intervenção decisiva na estabilização do Lesoto, durante a crise que assolou o pequeno Estado-enclave no interior da África do Sul em finais de 2017, e Portugal, com presença na pacificação da República-Centro Africana, ou ainda estes dois países e o Brasil, nas operações de salvamento na tragédia moçambicana de Sofala e Manica, provocada pelo ciclone Idai, podem transportar experiências relevantes para o seio das forças militares da CPLP.