O diplomata destacou que a valorização da histórica cidade de Mbanza Congo como património mundial passa pela definição de estratégias e políticas de desenvolvimento turístico a médio e longo prazo, dando como exemplo a Namíbia, "um país africano que hoje é um dos destinos turísticos interessantes e importantes para muitos estrangeiros do mundo inteiro". "E é isso que deve ser feito para a cidade de Mbanza Kongo", afirmou em declarações à Angop.

"Esses investimentos não são só financeiros, que poderão, eventualmente, vir do exterior, mas sim um conjunto de políticas a ser definidas pelas autoridades angolanas, que passam pela formação e capacitação de quadros e a edificação de infra-estruturas necessárias", declarou.

Isso significa a construção de unidades hoteleiras de matriz internacional, restaurantes, similares, museus e outras infra-estruturas capazes de atrair os turistas nacionais e estrangeiros.

"Os turistas de qualquer parte do mundo, para virem a Mbanza Kongo, vão procurar saber o que de concreto irão encontrar no terreno, em termos de infra-estruturas nos domínios da hotelaria e restauração", acentuou.

França quer colaborar no desenvolvimento agro-industrial do país

Mas não é só em Mbanza Congo e no turismo que os franceses têm os olhos postos.

O país quer colaborar com Angola no desenvolvimento dos sectores agro- industrial e pesqueiro para o combate à fome e a diversificação da economia, afirmou Silvain Itté, que garante que a França vai reforçar a presença económica em Angola fora do sector petrolífero, olhando para agricultura, formação profissional e turismo.

Para Silvain Itté, que fazia uma viagem pela província do Zaire, "Angola é um país com grande potencial hídrico e terras férteis para desenvolver agricultura em grande escala, daí o interesse da França em investir também neste sector".

"A ideia é ver de que forma podemos ajudar Angola no sector agro-industrial, já que a França é potente neste ramo ", afirmou.

"Esta região tem um potencial pesqueiro muito importante. A França pretende, nesse sector, criar políticas de transformação do pescado para ser comercializado quer no mercado interno quer no mercado externo", rematou.