Elias Pinto, secretário-geral do Sindicato, afirmou ontem que a decisão foi tomada depois de uma reunião com os trabalhadores, que preferem aguardar pela nomeação de um novo Procurador Geral da República.

Em cima da mesa estavam a exigência de melhores condições de trabalho, aumentos salariais, promoções e reconversão de categorias.

Os funcionários acusavam ainda o Procurador-Geral da República, João Maria de Sousa, de "falta de transparência e diálogo".

Elias Pinto, numa entrevista ao Novo Jornal Online reforçava que João Maria de Sousa "deixa uma má memória enquanto PGR e está prestes a abandonar o cargo sem que tenha feito qualquer esforço para responder às reivindicações dos trabalhadores" e lembrava que os trabalhadores aguardam, há mais de 15 anos, pela transição do regime jurídico e das respectivas promoções, situação que mantém funcionários entretanto licenciados a trabalhar no sector da limpeza.

O secretário-geral do Sindicato Nacional dos Técnicos de Justiça e Administrativos da Procuradoria-Geral da República deixava ainda um conselho ao Presidente da República quando chegar a hora de exonerar João Maria de Sousa: "Não nomeie outro general para Procurador-Geral da República. A PGR tem bons quadros, não queremos nem precisamos de um militar como Procurador".