A desactivação do Sistema Integrado de Gestão Financeira do Estado (SIGFE) de milhares de funcionários públicos desde Abril está provocar uma onda de protestos.

"O problema será resolvido resolvido desde que se respeitem os procedimentos legais, ou seja, completar os processos dos docentes em causa", disse o ministro das Finanças, Archer Mangueira, citado pela Angop.

"Os desactivados que não completarem os seus processos vão continuar a ter o salário suspenso, pois há possibilidades de alguns serem fantasmas", acrescentou.

Para o ministro, "todos os processos estão a ser regularizados entre o sector de educação e a finanças".

"Agora é preciso assegurar também que alguns são professores que foram contratados e que têm os processos por concluir por motivos de várias ordens e outros possivelmente por dupla efectividade", disse.

No âmbito do processo de recadastramento dos funcionários públicos, aprovado pelo Decreto Executivo Conjunto n.º 537/15, de 04 de Setembro, o Ministério das Finanças havia suspendido o pagamento do salário do mês de Abril de 64.044 mil agentes (funcionários públicos) em todo o País que se encontram em situação de irregularidade.

A medida visa funcionários públicos que efectuaram o recadastramento com pendências que podem ser de várias ordens, como sendo processos incompletos por documentos em falta, ou por ausência no local do trabalho para licença de formação, junta médica, ou por terem dupla efectividade na função pública, entre outras situações.

Para a conformidade do processo, os departamentos de recursos humanos das unidades orçamentais foram orientados a apresentar a documentação em falta junto da Comissão Executiva do Processo do Recadastramento dos Funcionários Públicos e Agentes Administrativos, que funciona no Serviço de Tecnologias de Informação e Comunicação de Finanças Públicas (SETIC-FP).

Assim, o Ministério das Finanças esclareceu que serão apenas reactivados aqueles funcionários cujos serviços competentes cumpram com o procedimento estabelecido e aqueles que não o fizerem serão definitivamente desactivados do Sistema Integrado de Gestão Financeira do Estado (SIGFE), ferramenta que oferece o suporte tecnológico para o pagamento dos salários e outros actos.

O MINFIN esclarece que os funcionários com dupla efectividade em diferentes unidades orçamentais devem fazer a opção por um destes vínculos.

Para os casos onde a Legislação permite a colaboração (como no sector da educação), poder-se-á optar por esta segunda entidade, nos termos estabelecidos legalmente.