A informação foi prestada à agência Lusa pelo secretário-geral do Sindicato dos Técnicos de Enfermagem de Luanda (Sintenfl), António Afonso Kileba, após mais de quatro horas de reunião com a directora do gabinete provincial da Saúde de Luanda, Rosa Bessa.

Segundo o responsável, o encontro "não convenceu os trabalhadores", que reclamam, entre outros direitos, o pagamento de retroactivos de acordo com a carreira de enfermagem, a promoção profissional para quem tem mais de cinco anos de serviço e a realização de concursos públicos internos para os técnicos que aumentaram os níveis académicos na área.

A falta de entendimento vai manter a greve "por tempo indeterminado", garantiu António Afonso Kileba, embora ressalvando que as partes vão procurar um novo compromisso na próxima quarta-feira, 13.

Para já, o sindicalista lamenta que não tenham sido apresentadas propostas concretas aos trabalhadores, nomeadamente no domínio dos concursos públicos.

"Trouxeram uma proposta de uma visão global, não houve classificações a nível provincial para podermos ver quais são os funcionários que poderão participar no concurso público interno, o que seria um sinal a ser aprovado, por falta deste entrosamento não se chegou a consenso", realçou António Afonso Kileba.

O secretário-geral do Sintenfl adiantou ainda que a paralisação dos enfermeiros abrange todos os postos, centros, hospitais municipais e provinciais de Luanda, mas garante a cobertura de serviços mínimos, como o banco de urgência e sala de partos.

O Governo Provincial de Luanda reagiu à continuação da greve acusando o sindicato de "intransigência".