Em comunicado enviado às redacções, o GPL acrescenta que o sindicato procedeu a "alterações constantes" das suas reivindicações durante as negociações, dificultando assim a chegada a bom porto.

Uma das principais razões para o insucesso das negociações foi, segundo o GPL, "a intransigência do Sindicato" em não aceitar o princípio das promoções serem "condicionadas à existência prévia de Fundo Salarial para a realização de Concursos Públicos Internos de Acesso".

O outro ponto destacado pelo GPL, enquanto entidade patronal, é "o não acatamento dos resultados produzidos pelo grupo de trabalhos que preparou a proposta de revisão das carreiras especiais dos profissionais da saúde", que tinhasido criado pelo Ministério da Saúde, despacho da ministra da Saúde, em 2017, sendo que esta equipa integra membros do SINTENFL.

O GPL garante à população que "tudo fará para garantir os serviços mínimos em todas as unidades hospitalares" da província de Luanda, sublinhando que foi pedido aos responsáveis destas unidades hospitalares para fazerem "cumprir escrupulosa e rigorosamente com o regime disciplinar da Função Pública" à luz da legislação em vigor.

Para colmatar as brechas provocadas pela greve dos enfermeiros, o GPL diz que estão a ser realizados contactos com diversos ministérios e com ONG"s "no sentido da mobilização dos profissionais da saúde adstritos a essas instituições no sentido de acudirem, ali onde for necessário, para manter o normal funcionamento dos hospitais públicos".

Entretanto, os responsáveis sindicais já tinham admitido que as negociações tinham corrido mal porque o encontro derradeiro, que deveria garantir condições para a greve não avançar, não convenceu os trabalhadores, especialmente na questão do pagamento de retroactivos e as promoções profissionais.

A greve, face a este resultado das conversações, deverá manter-se por tempo indeterminado e até que as partes consigam algum tipo de entendimento.