Belarmino Paca Gaspar, de 30 anos, circulava a pé na Rua E do distrito do Palanca, quando, cerca das 15:00, foi abordado por dois indivíduos que circulavam numa mota, tendo um deles descido do veículo e abordado a vítima com intenção de o roubar.

Segundo testemunhas ouvidas no local pelo Novo Jornal Online, Belarmino Paca terá oferecido alguma resistência a entregar o envelope que continha o dinheiro e o assaltante, de forma fria e sem piedade, empunhou uma pistola e disparou dois tiros, um no abdómen e outro na testa.

A morte foi imediata e a fuga dos assaltantes do local foi igualmente rápida.

O Director Provincial de Comunicação Institucional e Imprensa do Ministério do Interior, Intendente Mateus Rodrigues, contactado pelo Novo Jornal Online, informou que a polícia recebeu a denúncia da ocorrência e que estão em curso investigações para capturar os criminosos.

"Recebemos a ocorrência deste crime ao final da tarde de ontem. O jovem teria acabado de sair de uma agência bancaria situada nas proximidades do Palanca, quando foi abordado por dois indivíduos, no momento da abordagem a vítima reagiu ao assalto e acabou baleado", explicou.

Mateus Rodrigues ressaltou que os efectivos dos Serviços de Investigação Criminal (SIC) e os agentes da Polícia Nacional estão a conduzir investigações sobre este crime.

"A polícia ainda não tem pistas sobre a autoria e motivação do crime. Neste momento os nossos efectivos estão no terreno a trabalhar para localizarem e deterem os culpados", finalizou.

No entanto, Carlos Pedro, tio da vítima, que acorreu ao local do crime pouco depois, disse ao Novo Jornal Online que o seu sobrinho sempre trabalhou com ele sem nenhum problema e que acredita que o roubo foi comandado à distância.

"O meu sobrinho era um jovem tranquilo e muito prestativo, sempre fez levantamentos e depósitos de somas avultadas de dinheiro. Tenho a plena certeza que este crime foi encomendado", acreditou.

Um primo de Belarmino Paca admitiu, pedindo que a sua identidade fosse reservada, que as circunstâncias do crime permitem suspeitar de que os assaltantes receberam informações do interior da agência bancária onde foi feito o levantamento.

"Naquela hora o meu primo acabava de sair de uma agência bancaria. Ele tinha feito um levantamento de 100 mil Kwanzas para levar na casa do meu tio", disse, acrescentado que os assaltantes não podiam saber dos valores que tinha levantado sem que fossem informados disso.