Joaquim Pascual Nafoia foi assassinado nas proximidades da sua residência, por volta das 20:00 do dia 17 de Setembro, quando circulava na rua com mais três amigos e foi abordado por três elementos trajados com uniformes da Policia Nacional, tendo um deles pegado no braço da vítima, dando-lhe um empurrão, e disparando de seguida.

Na altura do assassinato do jovem Pascual, o progenitor garantiu que o atirador estava identificado como pertencendo à esquadra local, informação desmentida por Mateus Rodrigues, Director Provincial de Comunicação Institucional e Imprensa do Ministério do Interior, que diz não ser possível afirmar se foi um dos agentes daquela esquadra.

"Não podemos declarar quem é o autor do crime porque o caso está sob orientação da Procuradoria-Geral da República (PGR). Neste momento já não me compete dar informações sobre este assunto", disse o director em declarações ao Novo Jornal Online.

Questionado sobre a possibilidade de haver efectivos da Policia Nacional envolvidos no crime e se outros jovens envolvidos no incidente foram ouvidos, Mateus Rodrigues declarou que estas informações não podem ser partilhadas e que só mesmo a PGR é que está autorizada a dar voz a este acontecimento.

Por sua vez, o deputado da UNITA Joaquim Nafoia acusa a Policia Nacional de estar na origem do assassinato do seu filho e de não estar a levar a sério as investigações.

"Não tenho dúvidas de que foram eles que assassinaram o meu filho. E como foram eles que tiraram a vida do meu filho não estão interessados em concluir as investigações", afirmou.

O parlamentar fez menção ao caso da apresentadora da Televisão Pública de Angola (TPA), Beatriz Fernandes, afirmando que "menos de uma semana depois do seu assassinato a Policia Nacional apresentou resultados do crime".

"Em menos de uma semana o serviço de investigação criminal apresentou resultados do caso do assassinato da jornalista da TPA. Como o meu filho não era importante, o caso dele fica em águas de bacalhau", lamenta.

Nafoia ressaltou que pretende processar a Policia Nacional devido à demora do processo.

"Não estou a ver resultado. Serei obrigado a processar a polícia pela lentidão do processo e por não mostrarem até agora o assassino do meu filho", garantiu.