Na nota emitida a partir de Pequim, na China, onde está no âmbito da participação angolana no Fórum de Cooperação África-China (FOCAC), João Lourença expressa as suas condolências às famílias atingidas pelo acidente, choque frontal de duas locomotivas, que ocorreu no troço entre Moçâmedes e a Bibala, ao quilómetro 150 da linha que liga o Namibe e a Huíla.

O Chefe de Estado angolano referiu-se a este acidente como "um acontecimento trágico" sobre o qual, garante, vão ser "apuradas as causas da fatídica ocorrência" de forma a que tal não volte a suceder no país.

"Recebi com profunda consternação a notícia do acidente ferroviário entre dois comboios que colidiram na rota entre o Lubango e Namibe, tendo provocado várias vítimas, entre mortos e feridos. Trata-se de um acontecimento trágico em consequência do qual várias famílias perderam prematuramente os seus entes queridos, sobre cujas memórias me inclino com dor e tristeza", pode ler-se na nota.

Entre os mortos e feridos, muitos destes em estado grave, estão cidadãos angolanos e chineses, maioritariamente funcionários ao serviço da manutenção da linha, podendo a cifra mortal aumentar nas próximas horas devido ao estado de saúde dos feridos.

Daniel Quipaxe, director dos CFM, garantiu já que o acidente aconteceu devido a erro humano, quando o responsável pela gestão do trafego de composições "calculou mal as distâncias" e mandou avançar uma composição de carga e a de uma empresa chinesa de manutenção da linha, acabando estas por colidir.

Entretanto, o Ministério dos Transportes já criou uma comissão de inquérito para apurar as causas do acidente e as eventuais responsabilidades cívicas e criminais, bem como foi emitida uma ordem à Administração dos CFM para prestar apoio às famílias das vítimas.