A deslocação do Chefe de Estado e do Executivo ao HSL, numa comitiva onde se inclui a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, confirmou ao Novo Jornal Online fonte do Ministério da Saúde, poderá trazer alguma luz sobre o futuro da unidade hospitalar, que se encontra em profundo estado de degradação.

"O principal problema é a profunda degradação da estrutura física, que praticamente já não suporta funcionar nas condições em que se encontra. Se houvesse condições, o ideal era que se fizesse um novo hospital para poder albergar os doentes que temos", informou, no início de Outubro, o director-geral do Hospital Sanatório, Afonso Wete, durante uma visita de Sílvia Lutucuta ao espaço.

A par dos problemas estruturais, o director relatou que o hospital, vocacionado para o tratamento da tuberculose, carece de médicos e de medicamentos.

"A segunda dificuldade são os problemas conjunturais que estamos a viver neste momento, com a crise financeira que o país e o mundo enfrentam. Temos, aqui e acolá, algumas dificuldades na resposta dos medicamentos, dos materiais gastáveis, mas dentro das possibilidades, vamos dando resposta aos doentes que procuram o nosso hospital. Temos dificuldades, necessitámos de médicos especialistas. Outro grande problema está no trabalhador de base", enumerou o responsável do Hospital Sanatório.

O Hospital Sanatório de Luanda controla cerca de 270 pacientes internados com tuberculose e mais de dois mil doentes que recebem atendimento ambulatório a nível de Luanda, informaram os responsáveis da unidade de Saúde.

A reabilitação e apetrechamento da unidade, originária de 1968, está incluída nos projectos de obras públicas da Linha de Crédito da China (LCC), que, só na área da Saúde, incluem 16 obras por USD 293,5 milhões.

Em concreto, a obra no HSL está avaliada em 31,3 milhões USD e deverá prolongar-se por 24 meses, de acordo com o documento de planificação da LCC.