De acordo com a madre superiora Nsanga Nicole, de nacionalidade congolesa-democrática, "os dissabores começaram na província do Uíge", quando trabalhava naquela diocese.

"Foram brigas atrás de brigas. O Dom Emílio Sumbelelo foi ao Serviço de Migração e Estrangeiros (SME) fazer queixa para que eu fosse repatriada", explicou.

A madre superiora disse ainda que as perseguições continuaram, mesmo estando agora a trabalhar na diocese de Viana.

"Desde que fui transferida para Luanda pensei que teria sossego. Tenho a plena certeza de que o senhor bispo está por detrás de todas essas armações contra nós", acusa.

Nsanga Nicole afirmou que "no dia 27 de Abril, sete pessoas ligadas à administração da centralidade do Kilamba, incluindo a administradora adjunta da centralidade do KIlamba, bem como alguns efectivos do Ministério da Assistência e Reinserção Social (MINARS), regressaram ao centro e exigiram todos os documentos às religiosas.

"Não sabemos como sair de casa. Levaram todos os nossos documentos, como passaporte, carta missionária de residente, documento do projecto e bilhete de identificação das irmãs angolanas", contou.

Perante estas acusações, o Novo Jornal online contactou o bispo da diocese da província do Uíge, Dom Emílio Sumbelele, que alegou não ter nada a ver com o encerramento do centro Santa Rita de Cássia.

"Apercebi-me do encerramento do centro pelos meios de comunicação social. Nunca persegui a irmã Nicole. Ela não é madre, pois foi expulsa há bastante tempo. As irmãs da congregação dela, que residem no México, é que deram a ordem para ela ser desordenada", declarou.

O bispo garantiu ainda que "a denúncia para o encerramento do centro foi feita pela irmã Neide, da Congregação das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo Scalabrinianas".