Esta informação foi avançada hoje ao NJOnline pelo director nacional dos Recursos Humanos do Ministério da Saúde, Óscar Isalino, que salientou que a probabilidade de aqueles que se candidataram em Luanda serem apurados é menor, face ao número de concorrentes nas mesmas categorias.

"O concurso é nacional e o País não é só Luanda. Se há pessoas a viver em locais longínquos, temos de ser patriotas. Se querem emprego, têm que procurar onde há oportunidades, porque concorrerem em Luanda e não serem apurados é perderem as perspectivas de terem emprego", declarou.

Óscar Isalino adiantou que em Luanda só vão entrar os candidatos com as melhores notas nos exames de acesso, por isso, o Ministério da Saúde está a incentivar os profissionais a concorrer para as demais províncias onde há maior probabilidade de serem apurados.

"Os candidatos vão todos realizar um exame nacional à mesma hora e em todo território nacional. Se os candidatos perderem a oportunidade de concorrer noutra cidade e se todos se concentrarem em Luanda já não terão hipótese de ingressar neste concurso público", explicou.

De acordo com Óscar Isalino, até ao momento nenhuma outra província, excluindo Luanda, ultrapassou as 2 000 inscrições.

As inscrições para as candidaturas do concurso público do Ministério da Saúde tiveram início na segunda-feira, 03, e terminam a 01 de Outubro próximo. Os candidatos devem inscrever-se via online através do site https:/www.ingresso-minsa.

A ministra da saúde, Sílvia Lutucuta, disse que o concurso tem como objectivo colocar os quadros a nível dos municípios para amenizar os problemas na assistência a nível dos cuidados primários.

Segundo a ministra, o concurso público será para o ingresso, promoção e actualização de carreiras, e os candidatos devem ter idade máxima de 45 anos.

De acordo com o Ministério da Saúde, a província de Luanda vai absorver o maior número de admitidos, com um total de 336. Segue-se a província da Huíla, com 109.

Dados do Ministério da Saúde revelam que o País conta apenas com 6 600 médicos para cerca de 28 milhões de habitantes, o que faz com que o rácio seja de um médico para cada 4 242 cidadãos.