O arquitecto Filomeno Saraiva, citado pela Angop, refuta todas as informações que circulam sobre a existência de fissuras na estrutura, afirmando que "não existe nenhum perigo nem uma situação anómala" e que se trata apenas "de acabamentos e detalhes que tinham ficado por resolver por esta obra ter sido feita em tempo acelerado".

Filomeno Saraiva, questionado pela Angop sobre os equipamentos utilizados para esta operação, afirmou que os mesmos "são de elevação, que permitem aos trabalhadores chegar ao topo e ver se as coisas estão bem, porque se fossem guindastes para segurar o monumento teriam de ter guinchos e cabos".

No monumento, ainda de acordo com o responsável, "não existe a possibilidade de se utilizar uma escada para terminar os detalhes na parte superior, razão pela qual estão a ser usados estes equipamentos".

A visita que o Novo Jornal Online fez ao monumento permitiu verificar as marcas de soldadura nas estruturas, bem como a presença de um estaleiro e dois geradores. De acordo com um segurança afecto à empresa que realizou a intervenção na obra, a Omatapalo Construções, os equipamentos ontem retirados do local devido à passagem, ainda durante a manhã de hoje, de um desfile das Forças Armadas, voltarão, para que os trabalhadores possam finalizar o trabalho com a re-pintura do monumento.

O monumento ao Soldado Desconhecido foi inaugurado a 23 de Setembro deste ano por José Eduardo dos Santos, ainda na condição de Presidente da República de Angola. Está localizado entre a rua do 1.º Congresso do MPLA e a Avenida 4 de Fevereiro, junto à Marginal de Luanda, e começou a ser erguido em Junho, tendo sido construído em três meses.

Com 23 metros de altura, o monumento é composto, no essencial, por 16 peças metálicas erguidas em entrelaçado, simbolizando o abraço dos soldados.