Angola está entre o conjunto de 15 países que mais contribuem para esta cifra aterradora, cerca de 80 por cento, confirmando os responsáveis pelo combate à doença no país que, só nos primeiros dois meses deste ano, foram confirmados mais de 2 000 óbitos e quase um milhão de casos.

A OMS alerta que a luta contra a malária estagnou pela primeira vez na última década devido à falta de investimento em programas de prevenção e tratamento e que, para atingir os objectivos definidos para 2030, o undo vai ter de fazer muito mais, quer no âmbito do combate à doença e à sua propagação, quer no que concerne à investigação científica para encontrar uma forma de prevenção mais eficaz que as actuais.

"Apelamos aos países e à comunidade global de saúde para que colmatem as lacunas críticas na resposta ao paludismo", afirma o director geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, na sua mensagem do Dia Mundial da Luta contra a Malária.

"Juntos, devemos garantir que ninguém seja deixado para trás no acesso a serviços que salvam vidas para prevenir, diagnosticar e tratar a malária", defendeu Tedros Adhanom Ghebreyesus.

A malária, ou paludismo, alerta, por seu lado, a UNICEF, é uma doença, que pode ser prevenida e tratável, com grande impacto nos países mais pobres, onde é responsável por uma morte em cada dois minutos e está activa em 91 países, colocando em risco mais de 3,2 mil milhões de pessoas.

Em 2017, o mundo foi alertado para o facto de esta doença estar em rápido crescimento por causa do adormecimento dos programas de combate e de prevenção.

Em Angola, onde continua a ser a principal causa de morte, se a média dos primeiros dois meses se mantiver, chegar-se-á ao final do ano com 12 mil mortos e 12 milhões de casos, o que representaria um enorme revês nos objectivos traçados.

E o país está no coração da região mais assolada, a África subsaariana, onde morrem 90 por cento das vítimas de paludismo, pouco mais de 407 mil no ano de 2016, o último com registo concluído.

Angola está entre os 15 países onde a situação é mais grave, acompanhada de Moçambique, Nigéria, Camarões, Tanzânia ou RDC... constando, foram de África, apenas a Índia.