Paolo Balladelli, coordenador residente das Nações Unidas em Angola, reconheceu que a discriminação no âmbito do HIV/Sida é um obstáculo para se alcançar os objectivos de desenvolvimento sustentável, quando intervinha no 1º whorkshop de reflexão sobre estigma e discriminação, iniciativa da União Europeia, Onusida e Ansaso.

Paolo Balladelli referiu que "alguns tipos de estigma e discriminação têm a ver com o auto-estigma ou estigma interiorizado, em que o medo de discriminação destrói a vontade de procurar assistência e tratamento médico por causa do sentimento de vergonha e do silêncio.

" Em homens que têm sexo com homens a depressão associada a sentimentos de auto-estigma pode determinar sérios obstáculos de acesso ao teste", referiu, salientando que o estigma governamental existe quando um país tem leis, regras e políticas que reforçam o estigma sobre o HIV/Sida.

A criminalização de pessoas com HIV/Sida em mais de 100 países é responsável pelo aumento de pessoas infectadas ou sem acesso ao tratamento, sendo frequente no uso de drogas e trabalho sexual.