Esta reafirmação do empenho das forças de segurança no cumprimento dos objectivos da "Operação Resgate", que comportam ainda o "respeito pelas pessoas e pelas instituições", foi feita durante a cerimónia de cumprimentos de Ano Novo que teve lugar na sexta-feira.

"Muitos foram os aplausos e muitas as contestações fazendo com que certos cépticos se posicionassem em cima do muro à espera do fracasso desta operação, que se iniciou a 06 de Novembro, combatendo práticas anti-sociais com vista a repor a autoridade do Estado", começou por apontar o comandante da polícia angolana, citado pela Lusa.

Acrescentou que, contudo, a operação "veio demonstrar que o país estava caminhando para uma anormalidade que já se estava a considerar normal ou institucional".

"Todos hoje reconhecemos que o país precisa da ordem, de mais autoridade (...) Com isto, vimos melhoramento do sentimento de segurança, uma redução do crime, maior fluidez na circulação e bens, melhor proteção dos bens públicos, legalização das atividades e não só", acrescentou Paulo de Almeida.

"Por isso, a 'Operação Resgate' vai continuar com mais força e sob a nossa capitania", assegurou Paulo de Almeida, que garantiu ainda que vai avançar o redimensionamento da organização das estruturas centrais, a favor das unidades de base e as operacionais.

No âmbito operativo, aquela força de segurança quer "aumentar a cobertura policial, introduzindo sistema tecnológicos de prevenção, controlo e vigilância".

"Vamos melhorar os mecanismos das informações policiais, assim como as unidades de reação da ordem pública", realçou.

Aos cidadãos, o comandante-geral da polícia angolana exortou para o "respeito e obediência" às "instituições e agentes da autoridade", evitando, observou, a "confrontação física ou letal".

"O poder e a autoridade nunca podem ser abalados. Aquele que tentar terá a resposta à medida", rematou.