A informação é avançada na edição desta semana da revista portuguesa Sábado, esta quinta-feira nas bancas.

Segundo a publicação, que consultou o processo-crime relativo ao caso, a "transferência suspeita desembocou em mais um beco sem saída nas chamadas "investigações angolanas".

A Sábado adianta que as desconfianças das autoridades portuguesas foram activadas a partir de uma transferência financeira internacional de 2,6 milhões de dólares para uma empresa lusa de engenharia civil e arquitectura, proveniente de uma imobiliária com sede nos EUA.

"Questionados pelo banco, os sócios da empresa informaram que o dinheiro vinha na realidade do Gabinete de Reconstrução Nacional de Angola", órgão criado em 2004 pelo então Presidente da República, José Eduardo dos Santos e por vários anos confiado à gestão do general "Kopelipa".

Na sequência desta informação, as autoridades portuguesas enviaram para Angola, em Setembro de 2013, um pedido de cooperação internacional que nunca obteve resposta, tendo o processo acabado por ser arquivado.

Recorde-se que o Gabinete de Reconstrução Nacional teve como "motor" as linhas de crédito da China, avaliadas em mais de 10 mil milhões de dólares.