Ao Novo Jornal Online vários cidadãos que atravessaram à fronteira para fins de negócios confessaram que a entrada na RDC não está fácil tendo em vista a epidemia de cólera. "Equipas de especialistas em saúde pública estão nos postos fronteiriços para inquerir os angolanos que entram na RDC", disse ao Novo Jornal Online o negociante Mbengui Suka.

"Somos interrogados sobre a situação da epidemia na cidade do Uige e preenchemos um formulário com todos os dados, só depois é que entramos", acrescentou Mbengui Suka, que ontem chegou da localidade de Mbanza Ngungu (RDC).

Nos municípios fronteiriços com a RDC (Quimbele, Milunga e Maquela do Zombo), as autoridades sanitárias locais criaram comissões multissectoriais encarregues da sensibilização da população para o combate à malária e prevenção da cólera.

A missão é alertar a população para a necessidade de acatar as medidas de prevenção das epidemias (malária e cólera), primando pelo saneamento básico e cuidados a ter com a água de consumo doméstico, a destruição de charcos, bem como outras medidas úteis para combater a malária e a cólera.

As autoridades sanitárias da província do Uige apontam três pilares principais para a prevenção da doença: a vigilância epidemiológica, a mobilização social e a saúde ambiental.

O sector conta actualmente com mais de 400 homens treinados, entre autoridades tradicionais, escuteiros e religiosos, que trabalham na sensibilização da população sobre as medidas de prevenção nas igrejas, comunidades e outros locais de maior concentração populacional e distribuição de hipoclorito.

Estão igualmente envolvidos no trabalho de prevenção e tratamento da cólera a nível da província 57 técnicos, entre enfermeiros, médicos, sociólogos e ambientalistas.