Segundo o porta-voz do Comando Provincial do Zaire da Policia Nacional, inspector chefe Luís Bernardo, o cidadão em causa foi interpelado pelas forças da ordem na fronteira entre Angola e a Republica Democrática do Congo (RDC), propriamente no município do Noqui.

"Durante a abordagem de fiscalização de mercadorias dos veículos longos, o cidadão declarou que transportava apenas produtos da cesta básica no interior do contentor", conta, acrescentando que o motorista não quis permitir a vistoria ao carro, insistindo que se tratava de produtos de cesta básica.

"O jovem estava muito agitado e não queria deixar que se fizesse a vistoria à sua viatura, e também notámos que o contentor não tinha selo alfandegário, tudo isso nos criou suspeita. Os nossos agentes abriram o contentor e encontraram diversas peças de viaturas desmanchadas com destino à RDC", esclarece.

Luís Bernardo salientou, no entanto, que durante abordagem "o homem negou que conhecia a origem das peças e não conseguiu explicar como é que o material foi parar à sua viatura".

"Pelo que tudo indica, este material é de viaturas furtadas e desmanchadas para fins comerciais no Congo, razão pela qual o cidadão foi detido pois não deu uma explicação adequada nem mostrou documentos que comprovem a origem das mesmas", afirmou.

"Nas viaturas que saem de Angola, para o Congo, e vice-versa, com o selo da alfândega, não podemos mexer. Os serviços alfandegários, quer de Angola quer de outro país, quando interpelam um camião contentorizado e se apercebem que o mesmo tem selo, normalmente colocam outro selo para a viatura transitar, mas no caso deste cidadão é preocupante porque a viatura dele não possuía selo nenhum", concluiu.