Num despacho, o Chefe de Estado orientou o ministro das Finanças para que assegure os recursos financeiros necessários à execução do contrato para reabilitação, ampliação e apetrechamento do Hospital Sanatório de Luanda e delegou na ministra da Saúde competências para aprovação das peças do procedimento contratual, verificação da validade e legalidade de todos os actos praticados no âmbito do procedimento, para celebração do referido contrato, segundo uma nota de imprensa da Casa Civil do Presidente da República.

A nota da Casa Civil do Presidente da República dá conta de que João Lourenço considera imperiosa a realização desta obra também para melhorar a assistência e acompanhamento médicos aos doentes com tuberculose.

De lembrar que no dia 15 de Dezembro de 2017 o PR visitou o Hospital Sanatório de Luanda (HSL), construído há 50 anos no bairro Palanca, município do Kilamba Kiaxi. Os alertas sobre o estado de degradação da unidade hospitalar repetem-se há anos, mas, pela primeira vez, a situação foi comprovada in loco pelo titular do poder Executivo.

A actual infraestrutura hospitalar apresenta problemas com a rede de esgotos, falta de água, de energia elétcrica, de tratamento das águas residuais e infiltrações no interior de alguns compartimentos e está em avançado estado de degradação.

No balanço da visita, o secretário para os Assuntos de Comunicação Institucional e de Imprensa do Presidente da República, Luís Fernando, destacou o exemplo da iniciativa e a sua lição.

"A política só tem valor quando é para SERVIR", escreveu o secretário no Facebook, destacando as "duríssimas imagens" observadas no Hospital Sanatório.

"Todos os que o acompanhámos [a João Lourenço] sentimos, em certa medida, como se tivéssemos recuado aos campos de concentração da II Guerra Mundial", publicou Luís Fernando.

Com uma capacidade para 250 camas, a instituição tem cerca de 270 pacientes internados com tuberculose e mais de dois mil doentes que recebem atendimento ambulatório a nível de Luanda, e conta apenas com 25 médicos, dos quais 18 angolanos e sete cubanos, para uma necessidade de 87 profissionais, e 215 enfermeiros.

A reabilitação e apetrechamento da unidade, originária de 1968, está incluída nos projectos de obras públicas da Linha de Crédito da China (LCC).

Em concreto, a obra no HSL está avaliada em 31,3 milhões USD e deverá prolongar-se por 24 meses, de acordo com o documento de planificação da LCC.