Os planos do Chefe de Estado foram transmitidos no final de uma reunião que juntou, na última sexta-feira, 9, em Luanda, membros do Executivo e do Governo Provincial.

Durante o encontro, na sequência de uma vistoria presidencial a várias infra-estruturas da capital, a recolha dos resíduos sólidos foi apontada como um dos grandes desafios que se colocam à governação, a par com o trânsito e o estado precário das vias, a falta de água e de energia, e a ineficiência da prestação dos serviços de Saúde e Educação.

Em reposta a estas problemáticas, o Presidente da República "recomendou vivamente a alteração do modelo de resíduos sólidos, transformando-o num modelo mais sustentável para os cofres do Estado e num novo negócio", assinala o comunicado final da reunião.

Para além de diminuir o peso da factura do lixo nas contas públicas, João Lourenço pretende que a população beneficie dos seus subprodutos. Ou seja, o Chefe de Estado quer que o futuro modelo preveja o reaproveitamento dos resíduos para produção de energia, papel reciclado, adubos e fertilizantes para a agricultura.

O titular do poder Executivo recomendou ainda "a aceleração dos mecanismos de implementação do processo de desconcentração administrativa e financeira no âmbito do regime das finanças locais, com vista a dotar os órgãos da administração local de autonomia financeira para a resolução dos projectos prioritários das comunidades".

As orientações presidenciais versaram ainda sobre os sectores da Saúde e da Educação, para a criação de políticas acertadas e urgentes de enquadramento dos inúmeros médicos e professores sem colocação.