João Lourenço apelou, em comunicado hoje distribuído à imprensa pela Presidência da República, para a necessidade do "cumprimento rigoroso das medidas que promovem uma condução mais segura nas estradas" angolanas.

Esta comunicação ao país, a primeira do género que o Chefe de Estado assina depois da tomada de posse, a 26 de Setembro, enfatiza ainda a importância de se evitar perdas como as que acabam de enlutar várias famílias angolanas em três acidentes ocorridos entre segunda e terça-feira.

Estes três acidentes deixaram um rasto de 16 mortos e vários feridos, tendo o mais grave deles ocorrido na segunda-feira, na Estrada Nacional 105, na Huíla, quando dois candongueiros chocaram de frente, fazendo 12 mortos entre os ocupantes, e os restantes dois tiveram lugar no Uíge, somando mais quatro vítimas mortais em menos de 48 horas.

No texto, o Presidente da República pede ainda, depois de desejar a rápida melhoria dos feridos, tendo o acidente ocorrido na Huíla deixado pelo menos 20 pessoas nestas condições, e manifestar as condolências às famílias enlutadas, que os serviços competentes prossigam "com toda a dedicação e humanismo" a assistência aos sinistrados.

Recorde-se que só entre Janeiro e Setembro de 2016, segundo dados da Polícia Nacional, morreram 2189 pessoas nas estradas angolanas e mais de 8 500 ficaram feridas.

Apesar de se estar a registar uma diminuição no número de acidentes rodoviários e de vítimas mortais em consequência, as estradas continuam a ser a segunda principal causa de morte em Angola, logo atrás da malária.