Depois de concluída a fase de busca e salvamento, lançada na sequência da queda da aeronave, segue-se a investigação às causas do acidente, adiantou o investigador Pedro Gonçalves, do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos (GPIAA) na província da Lunda-Norte.

Segundo o responsável, que falou à imprensa no aeroporto do Dundo, os restos mortais das sete vítimas que seguiam no Embraer EMB 120 que se despenhou quinta-feira chegaram ontem à cidade do Dundo, tendo sido recuperados a mais de 320 quilómetros de distância.

"Neste momento, os restos mortais encontram-se no Dundo, à responsabilidade do SIC [Serviço de Investigação Criminal]", adiantou Pedro Gonçalves, citado pela agência Lusa.

De acordo com a investigação, os destroços do aparelho foram avistados numa extensão de quatro quilómetros, no município do Cuílo, ainda na Lunda-Norte, sendo que, com base nas primeiras avaliações aos destroços da aeronave, suspeita-se que o aparelho tenha sido atingido por um raio na asa direita, provocando o incêndio num dos motores.

A Força Aérea Angolana (FAA) tinha disponibilizado dois helicópteros para procurar os destroços do avião desaparecido na tarde de ontem, quinta-feira, 12, nas proximidades da lagoa Nacarumbo, município do Cuilo, província da Lunda-Norte.

O aparelho, do tipo Embraer, com a matrícula D20/FDO, descolou em direcção à capital do país, Luanda, às 16h58 minutos.

Segundo o director nacional do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros, Faustino Sebastião, o aparelho terá perdido a comunicação durante a descolagem do aeroporto Camaquenzo, por volta das 16 horas.