Na província do Bengo está em risco a Estrada Nacional 225, que pode cortar a ligação rodoviária com a província do Uíge a curto prazo, enquanto na província de Malange, na zona de Marimba, já há cerca de 90 quilómetros intransitáveis, o que dificulta, nomeadamente, as trocas comerciais com a República Democrática do Congo.

Por outro lado, o avanço das ravinas está a alarmar a população de Luena, no Moxico, onde as fendas ameaçam engolir alguns edifícios públicos.

Já em Kuando Kubango, as ravinas estão a pôr em causa o funcionamento da pista do aeroporto 23 de Março, no município do Cuíto Cuanavale.

A esse propósito, o ministro da Construção e Obras Públicas, Manuel Tavares, defendeu hoje, em Luanda, durante a abertura do Conselho Consultivo do ministério que se realiza sob o lema "Construção e obras públicas - Situação actual e desafios", a atribuição da responsabilidade da manutenção de estradas e estancamento de ravinas aos municípios, defendendo a necessidade das intervenções de conservação e manutenção das estradas e obras públicas "serem imediatas e por decisão local".

"Para isso temos que capacitar os técnicos e as brigadas de intervenção municipais", disse o governante, observando que este é um processo gradual que começará pelas actividades de construção, conservação e manutenção de estradas secundárias e terciárias nos municípios mais bem organizados.

Manuel Tavares falou ainda de outras prioridades do ministério, como a de apetrechar o laboratório de engenharia de Angola com equipamentos e técnicos qualificados, "para poder certificar, de facto a qualidade dos materiais e das obras, através de processos modernos, eficazes e eficientes".