O acidente, que envolveu uma composição de mercadorias composta por de 13 vagões, incluindo cisternas de combustível, que se incendiaram, segundo relatos da imprensa da República Democrática do Congo (RDC), ocorreu no domingo mas ainda não tem as causas apuradas.
O número elevado de vítimas resulta de este tipo de comboios de mercadorias serem usualmente utilizados pelas populações para viajarem sem custos, quase sempre de forma clandestina e sem condições de segurança, por vezes, como a foto de arquivo que acompanha este texto ilustra, totalmente anárquica.
De acordo com testemunhas citadas pela imprensa congolesa, o número de vítimas deverá aumentar de forma significativa porque as equipas de socorro tiveram dificuldades em aceder ao local, Buyofwe, a cerca de 30 quilómetros da cidade de Lubudi, na nova província do país vizinho, Lualaba, que faz fronteira com o Leste de Angola.
O incêndio que se seguiu ao descarrilamento deixou uma pilha de destroços carbonizados sob os quais as autoridades da província temem que ainda se encontrem muitas das vítimas, sendo ainda de temer que muitos do feridos transportados, devido à sua gravidade, venham ainda a engrossar a lista de mortos em resultado deste acidente.
A composição, pelos últimos relatos, terá entrado numa ponte, situada numa curva da linha e depois de uma ladeira, onde poderá ter ganho excesso de velocidade devido à eventual falha nos travões, acabando no fundo de uma ravina, com 11 dos 13 vagões em chamas.
Uma equipa do Serviço Nacional de Caminhos de Ferro da RDC está no local para investigar as causas do acidente, já considerado pelo governador da província de Lualaba, Richard Muyej, citado pela Radio Okapi, "uma verdadeira catástrofe".
Até ao momento não são conhecidas vítimas angolanas neste acidente.