As acusações que recaem sobre os dois responsáveis da FLEC foram transmitidas à agência Lusa pela defesa, que acredita na absolvição dos réus de todos os crimes.

O veredicto deverá ser conhecido a 25 de Janeiro, sendo que, segundo o jornal online actu.fr, na última audiência, a 23 de Novembro, o Ministério Público pediu para Antoine Lopes uma pena de oito meses de prisão, seis de prisão suspensa, liberdade condicional durante 24 meses e 2.000 euros de multa. Já para Simão Nkueka, a Justiça francesa requereu 12 meses de prisão, seis de pena suspensa, e liberdade condicional durante 24 meses.

"A infracção prevê que o [documento] falso seja oriundo de uma administração pública, o que não é o caso de Cabinda", adiantou um dos advogados de defesa, Joffrey Le Ruyet, argumento secundado pela colega Aurélie Grandserre.

"Um dos elementos constitutivos das infracções de fornecimento fraudulento de documentos administrativos e também da detenção de vários documentos administrativos" é "saber se se pode considerar Cabinda como uma administração pública que possa emitir documentos administrativos", assinalou a jurista.

"A nosso ver não, [Cabinda não pode ser considerada uma administração pública] porque não é reconhecida por vários estados e não é um estado independente", acrescentou a advogada, em declarações à Lusa.