Como primeiro passo, como se percebe do comunicado de imprensa divulgado depois da assembleia que realizou para auscultar os profissionais sobre este problema, o SJA exige que as medidas em curso nas empresas do Estado do sector da comunicação social interrompam rapidamente as reformas compulsivas.

Isto, porque, adianta o sindicato, não são os jornalistas os responsáveis pelo estado deficitário das contas destas empresas mas sim quem as geriu de forma inadequada, muitas vezes colocando os órgãos de comunicação social do Estado ao serviço de interesses políticos, referiu o presidente do SJA, Teixeira Cândido, depois do encontro que serviu para analisar as medidas que estão a ser aplicadas nos OCS públicos.

"Sem critério nem transparência", é como o SJA entende que correram muitas das contratações feitas pelas administrações ao longo dos anos nas empresas estatais do sector, fazendo destes OCS instrumentos de luta política, ignorando as questões de gestão e da sustentabilidade financeira.

Para resolver este problema, o SJA espera, segundo o Jornal de Angola, que nos próximos 30 dias o Governo tome uma iniciativa, sob risco de serem abordadas outras soluções, nomeadamente legais, especialmente no que diz respeito à suspensão imediata das reformas compulsivas que estão a afectar centenas de profissionais em todo o país.

Ainda no conjunto de reivindicações do SJA, é "exigida a definição de carreiras técnicas, com base no qualificador ocupacional com a participação dos representantes dos profissionais", consta ainda do comunicado final da assembleia de auscultação.

Face a este cenário, o Ministério da Comunicação emitiu um comunicado onde diz que o problema das aposentações resulta de um imperativo legal porque ocorrem quando o trabalhador atinge o limite de idade ou do tempo de trabalho que estes já têm.

Mas o ministério tutelado por João Melo é mais flexível na questão da definição de carreiras técnicas, sublinhando existir uma orientação para que s empresas em questão envolvam os trabalhadores na elaboração dos novos qualificadores profissionais.

"O Ministério da Comunicação Social manifesta a sua inteira disponibilidade para dialogar com o SJA, a fim de encontrar soluções globais para o sector, num quadro de responsabilidade, realismo e estrito cumprimento da lei", acrescenta o Ministério da Comunicação Social no documento que contém a sua reacção às exigência do SJA.