O sindicalista, que falava à imprensa à margem do VI Conselho Consultivo Nacional Ordinário do SINPROF, afirmou que o Executivo, através do ministério da Educação, está a tentar determinar a transição para o novo estatuto da carreira docente tendo em conta apenas o nível académico, passando um "corrector" no tempo de serviço dos professores.

Lembrando que no ante-projecto do Estatuto da Carreira Docente constava a questão do tempo de serviço, Guilherme Silva explicou que "agora foram surpreendidos com um novo documento diferente do anterior e que não leva em consideração o tempo de serviço".

"O sindicato vai se engajar no sentido de elaborar uma contra proposta, devidamente fundamentada, de forma a preservar a questão do tempo de serviço na transição para o novo estatuto", garantiu, lembrando que o Sinprof exige melhores salários para os professores, uma vez que muitos estão há cerca de 10 anos sem promoções.

"Se quisermos tirar o ensino do "poço` em que se encontra, porque consideramos que a sua qualidade está nos cuidados intensivos, é preciso valorizarmos o professor, porque é o actor principal para execução das políticas educativas", afirmou.

De acordo com um comunicado do SINPROF entretanto chegado à redacção, "caso a transição dos professores não fôr feita de acordo com o tempo de serviço e as habilitações literárias, o SINPROFreservar-se-á o direito de accionar as prerrogativas previstas na Lei da Greve e outros instrumentos legais, devendo para o efeito o MED pronunciar-se até ao dia 22 de Outubro de 2018".

O Conselho Consultivo do SINPROF conta com a participação de delegados provenientes das 18 províncias do país.