O banco Standard Chartered, com sede no Reino Unido e presente em Angola através de uma parceria com a seguradora ENSA, confirmou à agência Reuters que a ordem de transferência de 500 milhões de dólares do BNA para o exterior partiu de uma conta detida pelo banco central na instituição.

"Temos conhecimento que o nosso cliente, Banco Nacional de Angola, foi vítima de uma tentativa de fraude em Angola, que envolveu a transferência de fundos da sua conta no Standard Chartered Bank", diz fonte do banco britânico, citada pela Reuters.

A instituição adianta também que está a par do fracasso do esquema, bem como de que o BNA está a conduzir a sua própria investigação.

O Standard Chartered acrescenta ainda ter conhecimento que o banco central angolano conseguiu recuperar os valores envolvidos na transacção.

Esta é, contudo, uma informação que permanece por confirmar, embora as autoridades britânicas já tenham avançado que deram luz verde para o regresso dos 500 milhões de dólares a Angola.

O processo poderá envolver várias instituições bancárias, visto que depois da referência inicial ao Credit Suisse surgiram indicações do envolvimento do britânico HSBC.

Os contornos da operação deverão ser clarificados a partir da investigação em curso na PGR, que, no âmbito deste processo já constituiu cinco arguidos. Com destaque para o ex-presidente do Conselho de Administração do Fundo Soberano, José Filomeno dos Santos, "Zénu", e para o ex-governador do BNA, Valter Filipe.